Meu rosto está derretendo! – Entenda o que está por trás dessa sensação e como tratar

Meu rosto está derretendo!” – Entenda o que está por trás dessa sensação e como tratar

Por Dra. Cinthia Garcez – Dermatologista

Você já se olhou no espelho e teve a sensação de que o seu rosto está “derretendo”? Acredite: essa é uma queixa cada vez mais comum no consultório dermatológico. Com o passar dos anos, mudanças estruturais naturais da face podem realmente transmitir esse aspecto de flacidez, perda de firmeza e definição. Mas será que seu rosto realmente “derreteu”? Vamos entender o que está por trás disso.

Por que sentimos que o rosto está “derretendo”?

Essa expressão popular descreve um conjunto de alterações que ocorrem com o envelhecimento facial. Não se trata de um “derretimento” literal, claro, mas sim de:

1. Perda de colágeno e elastina – responsáveis pela firmeza e elasticidade da pele.

2. Reabsorção óssea – o osso da face se remodela e perde volume com a idade, principalmente nas áreas das têmporas, mandíbula e maçãs do rosto.

3. Deslocamento das bolsas de gordura – que caem, principalmente na região das bochechas e abaixo dos olhos.

4. Enfraquecimento dos ligamentos faciais – que seguram os compartimentos de gordura no lugar.

5. Gravidade e flacidez da pele – que puxam tudo para baixo com o tempo.

6. Acúmulo de gordura em áreas como a papada – que aumenta o peso inferior da face.

O resultado disso? Contornos menos definidos, “bochechas caídas”, sulcos nasogenianos mais marcados (conhecidos como “bigode chinês”), formação de “buldogue” (aquele acúmulo de pele na mandíbula) e um olhar mais cansado.

A partir de que idade isso começa a acontecer?

Esse processo geralmente se inicia a partir dos 30 anos, de forma sutil. Porém, é entre os 40 e 50 anos que muitas mulheres (e homens!) percebem mais nitidamente essas alterações. Fatores como genética, exposição solar, tabagismo, emagrecimento abrupto e má alimentação podem acelerar esse processo.

É impressão ou derreteu mesmo? Como saber?

Nem sempre a queixa de “meu rosto está derretendo” corresponde a uma flacidez real. Às vezes, é apenas uma alteração leve de volume, uma postura ruim ao se olhar no espelho, ou até mudanças de percepção emocional.

Por isso, uma avaliação dermatológica especializada é essencial. No consultório, fazemos uma análise facial detalhada, com apoio de luz, ângulos e imagens comparativas. Muitas vezes, percebemos que há soluções simples para um incômodo que parece muito maior no espelho.

Como prevenir ou retardar esse efeito?

A prevenção começa cedo. Algumas atitudes ajudam a manter a firmeza e juventude da pele por mais tempo:

• Protetor solar diário – o sol é o maior acelerador do envelhecimento.

• Skincare com antioxidantes, retinol e peptídeos.

• Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool.

• Manter alimentação rica em colágeno, vitaminas e proteínas.

• Dormir bem e com o travesseiro adequado.

• Iniciar tratamentos dermatológicos preventivos precocemente (a partir dos 30 anos).

Quais os tratamentos indicados para quem já sente que “derreteu”?

O tratamento depende do grau de flacidez e da estrutura facial de cada paciente, mas algumas opções eficazes incluem:

1. Bioestimuladores de colágeno (Sculptra, Radiesse):
Estimulam a produção de colágeno de dentro para fora, melhorando firmeza e sustentação.

2. Preenchedores com ácido hialurônico:
Restauram volume em áreas específicas como maçãs do rosto, mandíbula e olheiras, devolvendo sustentação e simetria.

3. Ultrassom microfocado (como o Ultraformer):
Promove lifting não cirúrgico ao estimular o colágeno em camadas profundas.

4. Fios de PDO:
Criam um efeito tensor imediato e também estimulam colágeno ao longo dos meses.

5. Toxina botulínica (Botox):
Usada de forma estratégica para levantar o olhar, o canto da boca e afinar o rosto.

6. Lifting cirúrgico (plástica facial):
Indicado em casos mais avançados, quando há excesso de pele e flacidez importante.

O que esperar dos tratamentos?

Os resultados são progressivos e naturais. O objetivo não é mudar quem você é, mas restaurar seu contorno facial, com leveza e harmonia. Após o tratamento, é comum ouvir frases como “Você está descansada” ou “Você parece mais leve”. É isso que buscamos!

Existe uma idade certa para começar?

Não há uma regra exata. O ideal é agir preventivamente a partir dos 30 anos, quando a produção de colágeno começa a diminuir. Aos 40 e 50, os tratamentos passam a ser mais estruturais, e muitas vezes associamos mais de uma técnica.

O mais importante é individualizar o plano de tratamento, respeitando seu tempo, sua história e sua beleza única.

Quer entender o que seu rosto precisa?

Agende uma avaliação comigo. Vamos conversar sobre o que está incomodando e elaborar um plano sob medida para valorizar sua beleza real com naturalidade, ciência e segurança.

Dra. Cinthia Garcez
Dermatologista – CRM GO 14023
Especialista em dermatologia clínica e estética. Atua com foco em rejuvenescimento facial, valorizando a beleza natural com resultados harmônicos e atendimento humanizado.